Maioria dos casos se concentram na Europa, mas também há registros nos EUA e Israel
O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), divulgou nesta terça-feira (26), que recebeu relatos de cerca de 190 casos inexplicáveis de crianças com hepatite aguda grave, em diversos países do mundo.
Os primeiros 111 casos foram registrados neste mês de abril no Reino Unido, na maioria em crianças menores de 10 anos. Posteriomente, ao menos 12 países também identificaram a doença.
A diretora do ECDC, Andrea Ammon, afirmou em um briefing virtual, que cerca de 40 casos foram registrados na União Europeia e no Espaço Econômico Europeu. Os Estados Unidos e Israel também apresentaram casos.
O ECDC afirmou que está investigando juntamente com as autoridades nacionais e a Organização Mundial de Saúde (OMS) os casos de hepatite grave, ou inflamação do fígado, que geralmente são raras em crianças saudáveis.
Os novos casos não apresentam os vírus normalmente responsáveis pela inflamação aguda do fígado --hepatite A, B, C, D e E.
Segundo a OMS, 17 crianças precisaram de transplantes de fígado como resultado da doença recente. Uma criança morreu.
Ammon disse que as investigações até agora apontavam para uma ligação à infecção por um adenovírus, uma família de vírus comum que pode causar sintomas semelhantes aos da gripe ou infecção gastrointestinal.
A diretora afirmou que a teoria de que as restrições da covid-19 podem ter enfraquecido a imunidade das crianças, porque elas foram menos expostas a patógenos comuns enquanto estavam isoladas, é uma das várias que estão sendo consideradas, porém de acordo com a Reuters, qualquer ligação com a vacinação contra a covid-19 foi descartada.
Com informações Reuters