País, que controla religiões entre a população, vai endurecer medidas que garantem liberdade religiosa entre visitantes e moradores estrangeiros
A China abriu uma consulta popular para criar novas regras sobre o controle da liberdade religiosa de estrangeiros dentro do seu território. Com a justificativa que a medida vai evitar a presença do extremismo religioso, o apoio de atividades religiosas ilegais e até terrorismo, a China cria mecanismos para o controle e a repressão de religiões organizadas no país, numa ofensiva a liberdade de fé dos estrangeiros.
O país tem cinco religiões permitidas, o budismo chinês, taoísmo, islamismo, catolicismo e o protestantismo, que são supervisionadas por grupos oficiais, como o Movimento Patriótico das Três Autoridades Protestantes e a Associação Budista da China, que são monitorados pelo Departamento da Frente Unida de Trabalho do Partido Comunista.
Práticas religiosas fora destes grupos são controladas e grupos que exercem sua fé em igrejas clandestinas, seitas e grupos de estudo religioso são punidas caso descobertas
Para estrangeiros, as regras são mais leves e são permitidas outras religiões, como os mórmons e judeus, desde que seja comprovado que todos os fiéis envolvidos não são chineses
As autoridades chinesas justificaram a necessidade novas regras para evitar que práticas religiosas estrangeiras “minem a unidade e solidariedade étnica da China”, mas na verdade exerce um controle sobre a liberdade dos estrangeiros praticarem sua fé.